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2 de abr. de 2007

Projeto Bela Ilha_Por Quê?

O Projeto Bela Ilha surgiu de uma iniciativa e do patrocínio da SAGATIBA de levar saneamento básico até as Comunidades Tradicionais Caiçaras da Ilhabela. Em parceria com a Prefeitura Municipal de Ilhabela, Parque Estadual de Ilhabela e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o projeto já está em fase de implantação, e as obras já estão acontecendo na primeira comunidade selecionada: Praia Mansa.
A proposta de Educação Ambiental do Projeto Bela Ilha, desenvolvida pela Ong Elementos da Natureza, surge como mais uma ferramenta para a melhoria da qualidade de vida das 13 comunidades favorecidas pela implantação dos serviços de Saneamento Básico.
Despertar a consciência para as relações existentes entre a água, o saneamento básico, a higiene, a saúde humana e a conservação do meio ambiente é uma tarefa inadiável e um passo fundamental no caminho para um futuro sustentável.
Atualmente as doenças de veiculação hídrica são a causa de 80% das enfermidades nos países em vias de desenvolvimento, sendo que na maioria dos casos essas enfermidades são passíveis de prevenção. Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que nesses países 90% dos óbitos são crianças com idade inferior a 5 anos, sendo que a melhoria do saneamento básico pode reduzir este número em 32%.
As medidas de Educação em saúde e higiene, entre elas o simples fato de lavar as mãos, podem reduzir em 45% os casos de diarréia. Portanto, torna-se singular a importância da educação voltada para o assunto.

As ações de Educação Ambiental do projeto Bela Ilha são realizadas buscando sempre a integração e trocas de experiência entre os moradores e a equipe do projeto. Os participantes assistem à filmes ambientais, realizam oficinas de sabão artesanal e compostagem, fotografia, teatro e dinâmicas de grupo. As atividades estão sempre permeadas pelo encontro harmônico entre o conhecimento empírico dos nativos com conceitos técnicos atuais de sustentabilidade. A valorização cultural, suas festividades, folclore e hábitos cotidianos são excelentes meios para a realização das práticas de Educação Ambiental.

O povo caiçara, originalmente praticava a pesca a bordo de suas canoas, confeccionadas artesanalmente pelo mestre canoeiro da região. Os apetrechos de pesca eram confeccionados na comunidade, e a tradição passava de pai para filho. Outra fonte de alimentação advinha do cultivo da mandioca, amplamente difundido no litoral paulista. A farinha de mandioca, juntamente ao excedente do pescado, eram vendidos nos centros urbanos mais próximos, transportados em canoas de voga em viagens que chegavam a durar 4 dias. A banana, a criação de galinhas, a caça e a coleta sempre fizeram parte dos hábitos alimentares deste povo do mar. O artesanato realizado com materiais da mata, como a caixeta, o bambu, o cipó e a fibra de bananeira também tinham sua parcela de importância para as comunidades, pois com este material confeccionavam balaios, tipitis, e outros recipientes para armazenar alimentos e ferramentas. Quando o trabalho permitia, também demonstravam sua criatividade, confeccionando brinquedos para as crianças e objetos lúdicos. As festividades, os mitos e lendas originados na cultura caiçara remontam às questões ligadas à terra, ao mar e ao alimento.

As comunidades contempladas pelo Projeto Bela Ilha ainda guardam traços fortes dessa cultura, o que deve ser constantemente resgatado e valorizado, isto porque, a conservação da diversidade biológica está diretamente relacionada a manutenção da Diversidade Cultural, considerada Patrimônio Mundial segundo a Unesco.
Neste sentido, a Educação Ambiental evidencia a importância dos sistemas de tratamento de água e efluentes, contribuindo de forma significativa para a melhoria da Saúde e Qualidade de Vida destas populações que, conscientes sobre o tema respeitam o mistério da vida, desenvolvendo um olhar da parte para o todo e do todo para as partes.

Educação no Bela Ilha_Quem Faz?

A equipe de Educação Ambiental do Projeto Bela Ilha é composta por técnicos da ONG Elementos da Natureza, consultores e oficineiros.
Conta com uma coordenação de saídas de campo, uma educadora infantil, educadores ambientais, além da coordenação geral.
Conta também com oficineiros em artes circenses e musicalidade.

Para entrar em contato, escreva: elementosdanatureza@yahoogrupos.com.br

Profissionais envolvidos:

Ligia Perissinoto Tavares Martins
Ligia é Arquiteta e Urbanista, Especialista em Educação Ambiental.
Coordenadora geral do projeto de educação ambiental inserido no Projeto Bela Ilha, atua também como arquiteta no mesmo projeto, onde realiza o levantamento arquitetônico das residências. Trabalhou em ateliê de cerâmica próprio de 2005 a 2007, realizou estágio com diversos ceramistas em São Paulo. Foi coordenadora de turma no Programa de Educação para o Trabalho do Senac, curso que objetiva capacitar jovens entre 16 e 18 anos para o mercado de trabalho. Elaborou e atuou como educadora no curso “Percepção do espaço através da modelagem de argila”, realizado na ONG Projeto Arrastão, curso que objetiva desenvolver a percepção espacial e criatividade de crianças entre 07 e 10 anos. Sócia Fundadora da Elementos da Natureza. Atividades de aperfeiçoamento realizadas recentemente: Educação Popular (Instituto Paulo Freire), Design Sócio Ambiental (Instituto de Design para o Desenvolvimento Sustentável) V Congresso Ibero Americano de Educação Ambiental, onde participou do Grupo de trabalho: Educação Ambiental e as Expressões Culturais. Joinville, 2006.

Mariana Soares de Almeida Pirró.
Geógrafa, bacharel e licenciada pela Universidade de São Paulo. Atualmente vem desenvolvendo mestrado na nesta instituição, trabalhando com praticas de pesquisa participativa com comunidades tradicionais. Participou de diversos cursos, congressos e encontros na área de Geografia, Antropologia, educação e Oceanografia. Desde 2002, realiza pesquisas, consultorias e projetos com as Comunidades Tradicionais Caiçaras do Arquipélago de Ilhabela. Compondo equipes e coordenando os trabalhos, já desenvolveu diagnósticos socioambientais, com levantamento de população e mapeamento para subsidiar planos de gestão; participou de levantamento arqueológico; desenvolveu projetos de educação formal e informal junto à prefeitura municipal e terceiro setor, colaborou com pesquisas e projetos no Arquipélago de Ilhabela; trabalhou como voluntária no Parque Estadual de Ilhabela, onde hoje coordena a Câmara Técnica das Comunidades Tradicionais. É sócia Fundadora da Ong IPESA – Instituto de Pesquisas e Projetos Socioambientais, e ocupa o cargo de Diretora Administrativa da ONG Elementos da Natureza. Atua como coordenadora de campo do Projeto de Educação Ambiental Bela Ilha.

Carolina Godoi Martinez Leme
Atual Educadora Ambiental infantil do Projeto Bela Ilha, trabalha associando o lúdico e antroposofia ao processo educacional ambiental baseando-se na metodologia de Joseph Cornell. Turismóloga formada pela Faculdade Catarinense ASSESC – Florianópolis, atuou na área de monitoramento de trilhas no Cristalino Jungle Lodg – Amazônia e na célula ecológica do Costão do Santinho Resort – Florianópolis, onde iniciou seu trabalho lúdico com recreação.
Concluindo a Pós Graduação em Educação Lúdica no Vera Cruz – São Paulo, esta realizando sua monografia em um estudo voltado a valorização cultural através dos contos, unindo a pedagogia culturalmente relevante, antroposofia e antropologia à ludicidade.
Massoterapelta Ayurvedica, estabelece a união de cura do corpo e da mente, usando contos de Clarisse Pinkola- Mulheres que correm com os lobos, durante as seções de massagem. Participou do II Congresso Brasileiro de Pedagogia Waldorf, Ribeirão Preto – SP; e recebeu um convite para estagiar na Costa rica, onde passou um mês em 2008. Realizou trabalhos na área lúdica como assistente de teatro em Paúba e Boissucanga e voluntariou no Espaço Auê- Paúba, realizando rodas ritmicas e contação de histórias com crianças do primeiro setênio.

João Santana
Licenciado em Filosofia; com especialidade em Didática do Ensino Superior. È co-autor do livro “Recortes”, autor do livreto “O Congresso dos Animais” (obra destinada à distribuição gratuita no Show da Banda Mão Dupla no projeto “Música na Escola”), e do livro “Matemática da Vida” (em edição). Artista-Educador trabalha com Oficina de Percussão Corporal e Oficina de Produção de idéias em Escolas e Grupos organizados. É compositor, instrumentista e cantor – é um dos mentores da Banda Mão Dupla, que teve seu primeiro trabalho inédito álbum “Filho da Terra” gravado em São Paulo (Araras) em 2008. Compôs vários jingles temáticos para rádios FM, autor das músicas “Praia Mansa” e “Povo do Mar” no projeto de Educação Ambiental da ONG Elementos da Natureza (2009). Recentemente realizou atividades de aperfeiçoamento: Oficina de Ecoprojetos (CEDS – São Sebastião/SP). No terceiro setor, é sócio-fundador do Instituto Mão Dupla e secretário da AMI (Associação de Músicos de Ilhabela) e participa no GT “Educação e Cidadania” no Instituto Ilhabela Sustentável, Agenda 21 Local. Trabalha como Assistente de Campo do projeto de educação ambiental do projeto Bela Ilha.

Juliano Hojah Silva
Engenheiro florestal, permacultor. Atualmente morador do Sítio Beira Serra, Botucatu, SP, onde estuda e atua a permacultura e agroecologia. Sócio Fundador do Instituto Ecovilas. Realizou estágio no Equador com o tema “produção de água em quantidade e qualidade” e na Costa Rica com o tema “Sistemas Agroflorestais com Café”. Foi membro da comissão organizadora do: II Simpósio Internacional em Manejo de Microbacias Hidrográficas e do 39º Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal. Realizou extensão universitária com educação ambiental no projeto “Florestas Sociais: Semeando o Futuro” sendo bolsista PROEX e iniciação científica com o tema “Avaliação do Manejo Hídrico e do Uso de Tubetes Biodegradáveis de Sisal na Produção de Mudas de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden” sendo bolsista Cnpq. Trabalha como Assistente de Campo do projeto de educação ambiental doprojeto Bela Ilha.

Jéssika Maria
Artes do corpo e circo.

Equipe original

Leonardo Nazareth Sales
Léo é Biólogo graduado pela Universidade Monte Serrat – Unimonte, Santos, SP. É também formado em Gestão no 3º Setor - Formação de Atores Sociais pelo curso Formatos Brasil – Senac.Em 2001, no Instituto de Pesca de Santos, trabalhou na implantação do Projeto BRD (by-catch reduce device) na frota camaroneira de Santos. Formado Observador-educador durante 4 anos de estágio no Projeto Albatroz, onde realizou embarques na frota atuneira local. Atuou no ordenamento das atividades turísticas no Parque Estadual Marinha da Laje de Santos. Participou de campanhas educativas no Parque Estadual Xixová-Japuí durante a temporada de verão em 2003. Consultor de fauna em loteamentos no litoral sul do Estado de São Paulo. Sócio fundador da Elementos da Natureza. Recentemente participou da oficina dos Coletivos Educadores do Ministério do Meio Ambiente durante o V Congresso ibero-americano de Educação Ambiental - 2006.

Luis Fernando Franco
Luis é Biólogo graduado pela Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes -UNISANTA. Atua como Biólogo Responsável do Aquário Municipal de Santos. Capitão pela Marinha do Brasil, tendo vasta experiência em navegação em diversos tipos de embarcação pela costa brasileira. Observador de Bordo Formado pela UNIVALE, participou embarcado no navio de pesquisa Soloncy Moura - Ibama. Mecânico-Proprietário da empresa União Usinagem e Reparos Navais Ltda. Luis também completou um curso de fotografia ministrado por Araquém Alcântara. Suas últimas participações relativas a área foram o Curso de Educação Ambiental pelo Instituto de Pesquisa Ecológicas - IPÊ 05/2006, Participação no I Fórum da Cultura Caiçara – Santos, 2005 e o Seminário de Recuperação de Áreas Litorâneas Degradadas – São Vicente, 2005.

Marcos Silveira de Almeida
Marcos é Biólogo formado pela Universidade Católica de Santos - UNISANTOS, e Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Fez trabalhos de pesquisa com fecundidade de Callinectes danae na baia de Santos e São Vicente – UNESP e avaliação de Impactos Ambientais pelo turismo ecológico no parque municipal de Paranapiacaba - UNISANTOS. È Monitor de educação ambiental no Museu de Ciências Naturais de São Vicente e Museu do Mar de Santos e Professor da Escola Americana de Santos. Marcos foi também estagiário da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo CETESB – Avaliação de águas superficiais. Seus cursos de aperfeiçoamento são Educação Ambiental de Comunidades Litorâneas – UNIVALE, Educação Ambiental e Planejamento de Atividades no Ensino Fundamental – UFMS, Manguezal: Conhecer para Preservar – UFMS, Manejo de Animais Silvestres - Horto Florestal de São Vicente e Gestão Ambiental -UNISANTOS.

CONSULTORIA:
Cia. Teatral Arueiras do Brasil - www.arueiras.art.br
Fundada em 1991 foi uma das primeiras companhias de teatro a desenvolver o projeto TEATRO EDUCAÇÃO no interior do Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, trabalhando diretamente com a rede publica e particular de ensino implantando o teatro como reforço cultural para os alunos em horário de aula.
Desde sua fundação mais de 380 mil alunos já assistiram aos espetáculos da CIA,
que atualmente também desenvolve trabalhos para projetos ambientais, Playcenter,
Circuito SESC (Serviço Social do Comércio) e Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo e interior, Banco do Brasil, entre outros.

Luciana Guida Lopes Hein
A Lu é Pedagoga formada pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, especialista em Educação Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade São Paulo - USP e técnica em Meio ambiente pelo SENAC. Atuou em projetos ambientais como o "Projeto Água Quente" pela associação civil Teia - casa de criação/Programa Petrobrás Ambiental e "A educação ambiental como instrumento para o gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares. Uma proposta de ação comunitária para o município de São Carlos/SP" realizado pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural - CDCC/USP e apoio da Fapesp onde atuou com formação de professores com o método "Mão na Massa" adotado pela Academia Brasileira de Ciências e também na educação não formal. Ministrou aulas no SENAC com temas ambientais e no Programa de Educação de Jovens e Adultos pela Prefeitura Municipal de São Carlos. Trabalhou na Campanha São Carlos Contra o Fogo no Departamento de Política Ambiental da Prefeitura Municipal de São Carlos e estagiou no Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Publicou o texto "Homem e meio ambiente" no caderno de formação "Pedagogia Cidadã"/UNESP